Manejo de doenças: como não perder sua safra para a mancha-alvo
Conhecer as doenças da soja e saber como realizar o manejo de doenças corretamente é a chave para proteger a produtividade e a qualidade da produção.
A mancha-alvo é uma das doenças-chave das lavouras de soja e pode representar grandes perdas quando o manejo não é feito de maneira eficiente. Causada pelo fungo Corynespora cassiicola, a mancha-alvo também pode atacar outras culturas importantes para o agro brasileiro, como o algodão.
A disseminação desse fungo se dá principalmente por condições climáticas específicas, como por exemplo, períodos chuvosos, muito úmidos e com ventos fortes. Além disso, existem estudos que confirmam que sementes de má qualidade também podem ser agentes de disseminação da mancha-alvo.
Sendo assim, é importante ressaltar que a escolha de sementes de qualidade é um dos pilares para não perder sua safra para essa doença. Continue a leitura e confira o que você precisa saber para proteger sua lavoura da mancha-alvo e derrotar esse inimigo da produtividade!
O que você deve observar no combate à mancha-alvo
O sucesso da colheita é construído desde o planejamento de plantio. Quando o assunto é manejo de doenças, essa afirmação também deve ser considerada.
Primeiramente, a escolha das sementes de soja que serão plantadas em sua propriedade deve seguir os critérios definidos por lei. Ou seja, deve apresentar os níveis padronizados de germinação, vigor e pureza. A pureza sanitária é o que garantirá que as sementes não carregarão esporos do fungo causador da mancha-alvo para a sua área.
Além disso, também é essencial se atentar para outros fatores preventivos que evitam a contaminação da sua lavoura por doenças que podem causar grandes danos econômicos, como:
- Verificar a procedência das sementes;
- Planejar o plantio respeitando as janelas de manejo ideais;
- Realizar a limpeza e o preparo do solo visando eliminar possíveis plantas hospedeiras ou restos culturais;
- Respeitar as recomendações de espaçamento entre as sementes e as linhas de plantio e do número de plantas por área;
- Escolher os insumos de acordo com as características agronômicas da área, como a seleção de tratamentos de sementes e/ou sementes com resistências específicas de acordo com o clima e com os patógenos mais expressivos da região;
- Monitorar as condições climáticas e ambientais, como precipitação, umidade e vento, para organizar as visitas e melhorar a eficiência do manejo de doenças e pragas;
- Monitorar as áreas de infestação de doenças e pragas para coleta e acompanhamento da densidade populacional e dos níveis de controle/equilíbrio/danos;
- Apostar na rotação de culturas com espécies que quebrem o ciclo da mancha-alvo, como o milho e outras gramíneas.
Como preservar a eficiência dos fungicidas contra a mancha-alvo
Os fungicidas são formas eficientes de combate à mancha-alvo. No entanto, é importante respeitar as orientações e adotar boas práticas para não acabar desperdiçando produto e aumentando a pressão da doença na lavoura.
Uma técnica que tem demonstrado efeitos positivos para os agricultores brasileiros é o Manejo Integrado de Pragas e Doenças, o MIP. Elo da agricultura de precisão, o MIP ajuda a controlar patógenos apenas nos pontos onde é necessário, reduzindo custos, cortando desperdícios e evitando os efeitos devastadores da seleção de patógenos resistentes.
Aplicar os fungicidas no período correto, com foco nas partes aéreas da soja e com alternância entre os modos de ação são pilares fundamentais para garantir a eficiência do controle. Para saber mais e planejar o uso de fungicidas contra a mancha-alvo de maneira efetiva, consulte um Engenheiro Agrônomo!
Por isso, fique atento aos sintomas causados pela mancha-alvo! Os primeiros são pequenas manchas circulares com um ponto escurecido no centro – que parece um “alvo”.
Quer ficar por dentro de mais conteúdos informativos sobre o manejo de doenças da soja? Então continue acompanhando o blog Boa Safra!
Publicado em 20 janeiro de 2021